segunda-feira, 13 de junho de 2011

Escrevi pensando em você!

Eu sinto falta exatamente daquilo que eu menos gostava: a normalidade dos nossos dias! Estávamos de mãos dadas sob o nosso sol, e quantas tempestades teimaram em nos dizer que nós éramos apenas duas crianças brincando de arriscar? Escrevi sim, pensando que poderia aliviar a solidão que me acusava de ser pior sem você. Escrevi acreditando que estávamos na mesma fila do trem e que você me comprava algodão doce. Escrevendo, decidi que seus bilhetes não eram apenas metáforas, e sim pequenas partes de um grande tecido onde estávamos costurando as nossas histórias de amor.
   “É arriscado, mas se você pular, eu pulo”, ainda é válido dizer isso? Talvez ainda seja possível dizer que pés no chão são tão drásticos quanto querer alcançar a lua; mas não há nada de errado nisso. Bom mesmo é encontrar poesia depois que a gente tenta em prol de nós mesmos; cair poderia significar que alcançamos um pedaço do nosso céu e você não se deu conta de que era isso que eu queria de nós.
    Ah, se houvesse tempo, gostaria de ter me dado você de presente várias e várias vezes, sempre com uma embalagem nova, até entender que presentes são a rara exceção de um bom tempo, e não só um pedido de desculpas depois da discussão. Você com uma embalagem para os dias frios, uma para os dias quentes, outra para os dias de amor intenso, uma para os dias de nossos estresses.


Continuarei escrevendo para sempre, assim como continuarei sentindo que vale a pena ser um pouco de dúvida, e que vale a pena ser um pouco de felicidade e que por alguns instantes você preencheu alguns vazios e deixou outros.

Um comentário:

  1. Também acho seus textos brilhantes e envolventes. Você fala com uma voz suave e ao mesmo tempo gritante o quanto é grande seu desejo.

    Obrigado pelas belas palavras (referente ao seu comentário em feito para acabar)
    meu msn é augustocarmo@live.com
    abraço.

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